Adoro livros. Adoro ler livros. Adoro mergulhar nas suas histórias e fundir-me nelas. Adoro tudo o que está relacionado com livros. Até adoro estantes. Eu não sou eu se não tiver um livro para ler.
Adoro livros. Adoro ler livros. Adoro mergulhar nas suas histórias e fundir-me nelas. Adoro tudo o que está relacionado com livros. Até adoro estantes. Eu não sou eu se não tiver um livro para ler.
A vida tem padrões... ritmos. É muito fácil, quando estamos encurralados numa vida apenas, imaginar que as alturas de tristeza ou tragédia, de fracasso ou de medo são o resultado de uma existência em particular. Este é o produto de vivermos de uma certa maneira, em vez de simplesmente vivermos. Quero dizer, facilitaria muito as coisas se entendêssemos que não há uma forma de viver que nos possa tornar imunes à tristeza. E que a tristeza é uma parte intrínseca do tecido da (...)
... passamos tanto tempo a desejar que as nossas vidas fossem diferentes, a compararmo-nos com as outras pessoas e com outras versões de nós mesmos, quando, na verdade, a maior parte das vidas contém algumas variações de bom e outras variações de mau."
In A Biblioteca da Meia-Noite, de Matt Haig
... sempre tivera dificuldade em aceitar-se. Desde que conseguia lembrar-se de si que tinha a sensação de que não era suficiente. Os pais, ambos com as suas inseguranças individuais, haviam fomentado muito a ideia.
Por isso, agora dava por si a imaginar como seria aceitar-se inteiramente. Aceitar cada erro que cometera. Aceitar cada marca no seu corpo. Aceitar todos os sonhos que não alcançara e todas as dores que sentira. Todos os desejos ou ânsias que reprimira.
Imaginou que os (...)
Fazer parte da natureza era fazer parte da vontade de viver.
Quando nos deixamos ficar demasiado tempo no mesmo sítio, esquecemo-nos de como o mundo é vasto. Perdemos a noção da extensão das latitudes e longitudes. Da mesma forma que, pensou ela, se torna difícil termos uma noção da vastidão existente no interior de cada pessoa.
Mas, assim que se consegue sentir essa vastidão, assim que algo a revela, a esperança emerge, quer se queira quer não, e agarra-se a nós com a (...)
... aquele que consideramos o caminho mais bem-sucedido que podemos percorrer, na verdade não o é. Porque muitas vezes a nossa noção de sucesso é apenas uma ideia externa qualquer sobre aquilo que podemos alcançar, uma medalha olímpica, o marido ideal, um bom salário. E temos todas essas métricas que tentamos alcançar. Quando na realidade o sucesso não é uma coisa mensurável e a vida não é uma corrida que possamos ganhar."
In A Biblioteca da Meia-Noite, de Matt Haig
Pensem um pouco nisto. Pensem como começamos... como uma entidade fixa. Como a semente de uma árvore que é plantada no solo. Depois crescemos... crescemos... e inicialmente somos apenas um tronco...
Mas depois a árvore, esta árvore que é a nossa vida, começa a desenvolver ramos. Agora pensem em todos esses ramos que brotam do tronco em alturas diferentes. Depois pensem nesses ramos que, por sua vez, se ramificam também, cada um numa direção oposta. Pensem nesses ramos que se (...)
A vida é estranha... A forma como vivemos tudo de uma vez. Como se fosse em linha reta. Mas essa não é a realidade completa. Porque a vida não é simplesmente feita das coisas que fazemos, mas também das que não fazemos. E cada instante nas nossas vidas é uma espécie de... ponto de viragem."
In A Biblioteca da Meia-Noite, de Matt Haig