Adoro livros. Adoro ler livros. Adoro mergulhar nas suas histórias e fundir-me nelas. Adoro tudo o que está relacionado com livros. Até adoro estantes. Eu não sou eu se não tiver um livro para ler.
Adoro livros. Adoro ler livros. Adoro mergulhar nas suas histórias e fundir-me nelas. Adoro tudo o que está relacionado com livros. Até adoro estantes. Eu não sou eu se não tiver um livro para ler.
Rendo-me. Deponho as armas. Dispo a armadura. Nua e indefesa desço ao abismo. Buraco fundo e escuro. Do chão, erguem-se fantasmas de dores antigas que encontram feridas por sarar. Das sombras, surgem memórias de medos que reforçam o aperto no peito. O tempo perde-se no ar frio que me pica a pele. Nua e indefesa, rendo-me. Entrego-me à escuridão. E no silêncio, a minha Alma preenche-se de sons doces e quentes. Uma voz melodiosa que sussurra promessas de Amor. O seu calor aquece-me de (...)
Dei-te asas de branco puro
mas ainda não aprendeste a voar.
Que gaiola te impede de sair?
Dei-te a noite, a lua e as estrelas
mas não te atreves a sonhar.
Que pesadelos te atormentam?
Dei-te espelhos rendilhados de ouro
mas ainda não sabes quem és.
Que máscaras colocas todos os dias de manhã?
Dei voz ao teu coração
mas ainda não conheces a sua melodia.
Que ruídos insistes em escutar?
Dei-te a liberdade
mas serás tu verdadeiramente livre?
Nuvens escuras enchem o céu carregadas de tempestade. O mar responde revolto com o som ensurdecedor das ondas a bater. O vento frio e cortante sacode com violência os seus longos cabelos claros mas ela mantém-se firme. Algo dentro de si, selvagem e desconhecido, despertou como que atraído pela tempestade. Cresce e ressoa com a força dos trovões e dos relâmpagos que rasgam e iluminam o céu. Sente a pele arrepiar-se e o seu corpo é percorrido por um frémito de excitação. Sente-se (...)
À noite no jardim, sob as estrelas, ela sonhava. Sonhava com a beleza suave e perfumada do jasmim. Sonhava com a força acolhedora do velho chorão. Com a liberdade selvagem e profunda do mar. Com a luz mágica e misteriosa da lua. Ali, enquanto dormia num leito verdejante sob um dossel de infinitas estrelas, tudo era maravilhosamente perfeito. Sonhava como seria se ela própria fosse feita dessa matéria etérea e sagrada. Sonhava como seria acreditar naquela voz sábia que canta melodia (...)
Quero escrever o que sinto, pôr no papel tudo aquilo que me atormenta mas o lápis não parece ser capaz de acompanhar o passo rápido do turbilhão de sentimentos e emoções que existe dentro de mim. Se fosse capaz de passar os meus pensamentos para o papel talvez deixassem de me perseguir vezes sem conta na minha mente. Pensamentos que me paralisam, me deixam exausta, que me afundam em águas profundas e escuras. Como seria sentir a leveza do vazio? Como seria ouvir o silêncio do nada? Co (...)